quinta-feira, fevereiro 21, 2008

A União faz a Força


Gostei deste artigo que li no Rostos e tomei a liberdade de o “postar” por aqui:

A União faz a Força
Por Nuno Fialho Cavaco

Apesar de algumas vozes discordantes e habituais se levantarem contra a União e Unidade Sindical, muitas vezes dando o seu percurso pessoal como exemplo, louvando a divisão, o Congresso, soberano e legítimo, traçou as linhas orientadoras para o trabalho futuro.

Já todos ouvimos este Slogan. Também já todos nós o dissemos. É agora a altura de o colocar em prática!
No passado fim de semana realizou-se o 11º Congresso da CGTP, evento que se realizou em clima de debate sereno e frutuoso, com grande sentido de responsabilidade. Apesar de algumas vozes discordantes e habituais se levantarem contra a União e Unidade Sindical, muitas vezes dando o seu percurso pessoal como exemplo, louvando a divisão, o Congresso, soberano e legítimo, traçou as linhas orientadoras para o trabalho futuro. Orientações para o colectivo e não para o individual, como alguns terroristas sindicais, alvos preferenciais de elogios do patronato, caracterizados por um ódio descomunal ao PCP e a todos os que defendem realmente os interesses dos trabalhadores, mas que não falam/escrevem de quem realmente prejudica quem vive do fruto do seu trabalho, fazendo “favores fáceis” pagos com elogio e com o suor dos trabalhadores que representam, pretendiam ao armadilhar, ou melhor, tentar dividir a força dos trabalhadores, com lengalengas de embalar os incautos.
No Congresso identificaram-se problemas complexos que não se resumem às variações conjunturais da Actividade Económica e do Emprego mas que estão intrinsecamente relacionadas com as políticas seguidas pelos vários governos:

1- A nossa economia é vulnerável porque é baseada em baixos salários, o que não impede a deslocalização de empresas, pelo que o modelo da mão-de-obra barata não pode ser considerado mais como um factor de desenvolvimento de Portugal, como o tem sido pelos sucessivos governos;
2- As privatizações resultam em piores serviços, pior produção, o que não interessa à generalidade dos portugueses que são quem paga sempre a factura e os coloca nas mãos de interesses privados;
3- O número de trabalhadores desqualificados, ou melhor pouco qualificados, num mercado de trabalho desregulamentado, cada vez mais precário, é um impedimento ao desenvolvimento português;
4- A não valorização do sector produtivo conduziu o país a uma situação de dependência externa gritante e tornou-o refém do sector especulativo, favorecendo os mais ricos e prejudicando uma vez mais o interesse colectivo, o interesse nacional;

Foram apontadas soluções para resolver os problemas acima identificados que passam por um sindicalismo reivindicativo, unido, proponente, de negociação e de luta, empenhado em discutir e negociar com as Administrações das Empresas, com as Associações Patronais e com o Governo, mas nunca, sem nunca deixar de valorizar e promover a contratação colectiva e a legislação que está de acordo com os princípios estabelecidos na Constituição da República Portuguesa e com as Normas Internacionais. O que passa também por uma verdadeira Inspecção de Trabalho, com meios e que actue no sentido de garantir que todo este quadro legal é efectivamente cumprido, com a justiça a funcionar e com compromissos assumidos para bem de todos e não só de alguns, de forma a combater a precarização, o trabalho sem direitos e o desemprego, valorizando o factor trabalho para bem do desenvolvimento do país e para bem da soberania nacional.
Estas orientações agora aprovadas levam a que haja uma mobilização dos trabalhadores para o debate e esclarecimento, para as lutas que se avizinham pelo direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, contra o Código Laboral agora vigente aprovado pelo PSD e que o PS na oposição tanto criticava e que agora não revoga, contra a flexigurança à portuguesa que este governo quer implementar e contra aqueles que querem que tudo, ou quase tudo se mantenha na mesma, ou seja mais precarização, mais desemprego e mais trabalho sem direitos.
Assim termino:
A luta é o caminho, a União faz a Força!
Que todos saibamos lutar pelos nossos direitos!

Nuno Miguel Fialho Cavaco
Membro do Partido Comunista Português

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

o que é que a comissão sindical da camara do seixal tem feito para evitar que dentro de muito pouco tempo deixe-mos de ter jardineiros e cantoneiros de limpeza em Miratejo?

8:14 da tarde  

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