segunda-feira, dezembro 08, 2008

Um grande Congresso, de um grande Partido






O XVIII Congresso do PCP foi uma vez mais um grande congresso, isto pode ser interpretado como uma opinião facciosa da minha parte, mas basta avaliar a fase de preparação do congresso que começou em ainda na Primavera, depois as varias as varias fases de discussão e culminou com a eleição de delegados ao congresso. Para que um projecto de acção política seja determinado pelos seus militantes têm que contar com uma ampla participação dos seus militantes e com os seus indispensáveis contributos, num partido democrático como é o PCP as linhas de orientação seguidas pelo partido são definidas pelos seus militantes e não por uma qualquer doutora ou pseudo engenheiro.

Foi de facto um extraordinário congresso que defraudou todos aqueles que esperavam as discussões fúteis e na falta dessas discussões alguma comunicação social conseguiu encontrar os curtos momentos em que se criticou as flores de estufa da politica portuguesa, como se isso fosse o principal tema do congresso, não foi e basta visitar o site do PCP ou o Parlamento Global e podemos constatar que estamos na presença de um congresso de um Partido diferente, onde os delegados assistem com a mesma atenção à intervenção de um camarada, independentemente da responsabilidade desse mesmo camarada.

Fiquei satisfeito por o meu camarada Carlos Fernandes passar a estar no Comité Central do Partido, o seu exemplo de luta em defesa dos trabalhadores da Lusosider (Aldeia de Paio Pires) é digno de registo, infelizmente o tempo deu-lhe razão, mais depressa do que o que seria de esperar. Os trabalhadores da Lusosider na sua maioria aceitaram um acordo de empresa que lhes retirou direitos, com a promessa da manutenção dos seus postos de trabalho, esse péssimo acordo de empresa não lhes garantiu o posto de trabalho, como ainda lhes dificultou muito a vida, os sindicalistas da UGT escondem-se hoje dos trabalhadores da Lusosider, os poucos que
ainda se mantém na empresa a tempo inteiro são chefias. Na Lusosider enquanto a maioria dos operários é enviada para casa com uma redução brutal nos seus salários alguns chefes gozam de elevados patrocínios para valorizarem a formação profissional, é o pagamento pelos bons serviços prestados.

Falava eu do meu camarada Carlos, operário da Lusosider, noutro partido seria um adereço a utilizar em alturas que dessem jeito, no Partido Comunista Português é lhe reconhecida a devida importância e tem a exigente tarefa de estar no órgão máximo do Partido, ou não fosse o nosso Partido, o Partido da Classe Operária.