O fim da guerra das frescas?
A Sagres que pertence à Central de Cervejas e a Super Bock que pertence à Unicer, poderão vir a pertencer ao mesmo grupo visto que está para breve a fusão entre os seus donos Scottish & Newcastle (S&N) e a dinamarquesa Carlsberg, a concentração destes dois grandes grupos do mercado de bebidas irá fazer com se tornem no quarto, ou quinto gigante do mercado mundial de bebidas.
Este tipo de concentrações só faz cair por base a teoria de que quando se privatiza uma empresa é para fomentar a concorrência, mas o que a prática nos mostra é que desde a privatização da Central de Cervejas e da Unicer, estas foram sendo adquiridas por sucessivos grupos económicos e agora fruto da fusão que se adivinha estão muito próximas de pertencerem ao mesmo grupo. Em 1º lugar esta situação irá levantar algumas questões, porque sempre que se procede a uma fusão a 1ª consequência é o despedimento de trabalhadores, depois outras questões se colocarão tendo em conta que a Sagres e a Super Bock praticamente tem o monopólio do mercado das bebidas em Portugal quais as consequências para os consumidores, para os comerciantes e qual será a posição da Autoridade da Concorrência?
O que é certo é que seja no mercado das frescas, seja no dos cimentos, da metalúrgica, da energia, ou das telecomunicações, as privatizações das empresas em Portugal não têm levado ao aumento da concorrência, nem a um benefício para os consumidores, pelo contrário todos os dias assistimos a grandes concentrações nas mais diversas áreas, constituindo-se grandes oligopólios e monopólios, com graves prejuízos para trabalhadores e consumidores, mas com grandes benefícios para uma ínfima minoria. É o capitalismo estúpido.
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