quinta-feira, maio 31, 2007

Grande Jornada de Luta



O governo mente claramente sobre a greve que foi geral, se não estivesse realmente preocupado não teria destacado um batalhão de governantes para justificarem o injustificável, apesar de todas as formas de pressão os trabalhadores realizaram uma grande jornada de luta.

As conferências de imprensa do governo e da CGTP, demonstram que vivemos num regime cada vez menos democrático, basta ver o comportamento dos jornalistas durante o tempo em que os diversos membros do regime intervieram e a indecente postura que tiveram durante a intervenção de Carvalho da Silva em que o interromperam dezenas de vezes, não me lembro de semelhante comportamento, vergonhoso e que deveria deixar qualquer democrata envergonhado, mas sintomático dos tempos em que vivemos.

Nos sites da CGTP e do PCP, poderão ver que foram muitos os portugueses que aderiram à greve, as pessoas que participaram na greve desmentiram uma vez mais os números propagandísticos apresentados pelo governo e que oportunistas, como o Daniel Oliveira tentam aproveitar em seu benefício.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ao contrário dos habituais malabarismos do Governo, a Greve Geral deste dia 30 de Maio pode ser considerada como uma grande acção de luta dos trabalhadores portugueses contra a política neoliberal do Governo PS/Sócrates. De facto, a Greve demonstrou a força e mobilização dos trabalhadores apesar de todas as ameaças do patronato e das medidas de carácter fascizante que o Governo procurou implementar numa espécie de caça ao grevista. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o actual contexto de profunda vulnerabilidade dos contratos de trabalho e de crescente redução do poder de compra dos trabalhadores, constituem-se como factores dificultadores da luta e da organização e mobilização da Greve Geral.

Sublinhe-se ainda o sucesso da greve no sector público mas também no sector privado. Este é um ponto essencial e capital, na medida em que boa parte da comunicação social dominante, o Governo e os intelectualóides de serviço irão querer passar a imagem que a Greve Geral se terá resumido à função pública e aos transportes. Ora, isso não é verdade. No sector privado, vejam-se os exemplos dos CTT em Lisboa (85% de adesão à greve), call centers da TMN e da Optimus (1º turno com quase 100%), Autoeuropa (60%), Portucel de Setúbal (90%), Euroresinas em Sines (100%), Tudor/VFX (90%), Lisnave e Gestnave (100%), Groz/Beckert, empresa metalúrgica de Gaia (62,5%), Danone (73,33%), EDP em Lisboa (75%) e em Setúbal (70%), Blaukpunt em Braga (80% no turno da noite, 70% no turno do dia), Thyssen em Setúbal (85,71%), Petrogal/Matosinhos (100%), Lear em Palmela (76,67%), Unicer em Matosinhos (83%), Fisipe no Barreiro (97,14%), Cimianto em Vila Franca de Xira (80%), Auto-Sueco na Maia (98%), Rohde em Aveiro (96%), Estaleiros de Viana do Castelo (100%), Rotor/Nissan nos Montes Burgos, Porto (100%), Continente de Gaia (50% no turno das 8 horas da manhã), Refrige em Palmela (85%), Socometal do grupo Soares da Costa no Porto (91%), etc.

6:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois...
foi uma adesão de 80%


Gostei do toque do Hospital fechado(no turno da noite claro..lol)


Ah, e se nas câmaras não tivessem impedido pela força que outros colegas que queriam trabalhar o fizessem... deviam chegar aos 90%

3:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«Se nas câmaras não têm impedido pela força...»: tem piada, o homem. Não me espantaria que ele tenha sido um dos que andaram a bufar (democraticamente, é claro) os nomes dos trabalhadores que fizeram greve.
O que os irrita é que a luta continua.

11:20 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home