quinta-feira, novembro 13, 2008

A mentira como forma…

"O senhor presidente passará a auferir o dobro daquilo que ganhava até então."

Pelo que leio neste site, de um organismo do governo, os Presidentes de Junta de Freguesia com mais de 10 000 habitantes recebem 1550,93 euros, nas Freguesias cuja população se situe entre os 5 000 e os 10 000 habitantes o seu vencimento é de 1339,44 euros. Segundo o senhor vereador do PS na Câmara Municipal do Seixal, o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro teve como único objectivo ao promover o recenseamento eleitoral na freguesia, dobrar o seu salário, pelo que leio no site não me parece que passar de um vencimento de 1339,44 para 1550,93 seja dobrar o salário. Quem tem dificuldades em apresentar propostas politicas do interesse da população do Concelho, tem necessariamente que recorrer a esta forma de fazer politica.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Caro Aldeia,

Não sei, nem me interessa quanto ganha o Presidente da Junta de Fernão Ferro, felizmente não sofro do mal de inveja, que é aliás, na minha opinião, o sentimento nacional. A regra geral de acordo com a Lei é nas freguesias entre 5.000 e 10.000 eleitores o cargo de Presidente da Junta ser exercido a meio tempo e nas de mais de dez mil eleitores o cargo ser exercido a tempo inteiro, o que dobra, naturalmente, o vencimento do eleito. É certo que existem regimes especiais, no qual a avaliar pelo que o Sr. escreveu o Sr. Presidente da Junta de Fernão Ferro se integrará, não é no entanto isto o relavante daquilo que escrevi, por mim tudo o que ganhar será legitimo, e até acho que os políticos ganham pouco.
Mas como o titulo do seu post é "A mentira como forma..." sempre gostava que comentasse a atitude do Sr. Presidente da Junta de votar contra uma campanha de recenseamento proposta pelo PS, ao mesmo tempo que levava a cabo, justamente, uma campanha de recenseamento...
E mais, já agora podia comentar as declarações de Jerónimo de Sousa, que classifica a elevada taxa de abstenção verificada nos Açores, nas últimas eleições regionais, como sinal de "asfixia da vida democrática", e, se não for pedir muito, gostava que comentasse estas afirmações à luz dos resulados eleitorais no Seixal, em eleições autárquicas, onde se regista uma taxa de abstenção superior à verificada nos Açores.
Muito Obrigado,

7:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O senhor vereador deixou bem claro no seu post que o único objectivo do Presidente da Junta de Fernão Ferro seria dobrar o seu vencimento, aliás chegou mesmo a escrever o seguinte “Carlos Pereira faz questão de logo a seguir referir, passando a sua freguesia os 10.000 eleitores inscritos, o seu vencimento será agora duplicado”, não encontro nenhum local onde o Carlos Pereira refira isto, mas confesso que lhe terá dado jeito escrever isso.

Quanto à moção não a conheço, mas a forma actuar da Câmara Municipal do Seixal sempre se pautou pelo incentivo à participação cívica da população do nosso Concelho, que não se deve resumir ao depositar de um voto de quatro em quatro. Esse é o melhor garante e apelo à participação seja nas eleições, ou noutro qualquer momento da vida do Concelho, por exemplo no Seixal os períodos abertos à população antes das reuniões de Câmara não sofrem qualquer filtragem ao contrário de outros municípios. Não conhecendo o conteúdo da Moção julgo que poderá ter votado contra, por considerar que já desenvolvia o pretendido pela mesma.

Quanto á abstenção no Concelho do Seixal que se mantém nos mesmos valores desde 97, acho que não será do agrado de ninguém e muito menos esses votos serão propriedade do PS, como dão a entender alguns dirigentes do PS. Jerónimo de Sousa referiu os Açores porque de 2004 para 2008 a abstenção passou de cerca de 44%, para 54% que trouxe um facto novo às eleições regionais e não nos podemos esquecer que o PSD também teve algumas maiorias absolutas e os níveis de participação não haviam sido tão baixos. Quanto à asfixia na vida democrática dos Açores tem sido evidente o controlo por parte do PS dos diversos organismos regionais, por exemplo nesta campanha eleitoral o Carlos César deu-se ao luxo de enviar para todos os açorianos, uma prenda do governo regional e não será de menos importância registar o facto de o PS ter gasto mais dinheiro na campanha eleitoral do Açores, do que o Alberto Joao Jardim na Madeira.

aldeia pp

11:16 da manhã  

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