“Mais importante que os nomes… são as propostas…”
Acho engraçado que nestas ocasiões veja de mãos dadas a direita mais reaccionária e alguns elementos do bloco de esquerda, nem de uns nem de outros é de admirar, mas não deixa de ser engraçado ver estes senhores defender os até há meia dúzia de dias ortodoxos comunistas, a Luísa Mesquita e o Barros Duarte, que eu me tenha apercebido até há pouco tempo nunca os vi colocar qualquer questão em relação ao funcionamento do Partido em que militam e tenho a certeza que se há dois anos atrás lhes perguntássemos à Luísa Mesquita e ao Barros Duarte qual a sua posição sobre os lugares para os quais são eleitos os militantes comunistas, tenho a certeza que não diferiam muito da minha opinião ou destes meus dois camaradas do distrito de Santarém. Na minha opinião (fantástico sou comunista e tenho opinião) os eleitos comunistas (seja nas estruturas do partido ou em qualquer órgão de soberania) têm o dever de prestar contas aos seus camaradas, bem comos os que não sendo eleitos têm o dever de acompanhar e exigir essa mesma prestação de contas aos seus camaradas que estão eleitos e todos devemos ter consciência que não somos donos de nenhum lugar se por votação da maioria fomos convidados para nos candidatarmos por um programa para o qual poderemos ser eleitos, também temos que aceitar a opinião da maioria quando esta é contraria ao que nós desejamos, por muito que ela nos custe, o que não é democrático é uma minoria querer impor a sua vontade à maioria.
Seria muito fácil ao PCP fazer como noutros partidos e na mais pura hipocrisia fazer de conta que nada se passava e deixava-se andar até ás próximas eleições, porque isto pode afectar os resultados eleitorais, se fosse esse o caso, é que eu como comunista ficaria preocupado, porque mais importante que vitorias eleitorais é manter os princípios que defendemos, porque independentemente das pessoas que ocupam o lugar o importante é cumprir o programa que o povo sufragou, estando lá a Joana, o Manel ou a Luísa.
Noutros partidos é normal presidentes, deputados ou vereadores, fazerem o que lhes dá na cabeça, porque estes se substituem ao partido, utilizam-nos para se fazerem eleger nas suas listas e depois não prestam contas a ninguém e fazem o contrário do que se comprometeram com o eleitorado, mandando o programa eleitoral pelo qual foram eleitos para o caixote do lixo, para alguns isto é que é democrático, na minha opinião está muito longe de o ser.
Termino com palavras proferidas por Luísa Mesquita aquando da campanha para as legislativas em 2005 “mais importante que os nomes mais ou menos mediáticos das listas de candidatos e de frases feitas para serem absorvidas rapidamente, são as propostas dos partidos para o país e para o distrito”. in O MIRANTE)
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