Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional
O Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional surgiu da necessidade de os trabalhadores da empresa criarem um espaço, uma estrutura, onde se pudessem reunir com os seus familiares e amigos, para de uma forma saudável ocuparem os seus tempos livres.
Hoje já não é o clube dos trabalhadores da empresa, mas ainda mantém uma actividade intensa e com diversas modalidades, dentro delas, há uma que tem dado diversos campeões nacionais à nossa freguesia de Paio Pires a patinagem artística, fruto da situação de já não ser um clube empresa as dificuldades aumentaram porque a manutenção de uma estrutura já antiga e da dimensão do Pavilhão da Siderurgia carece de um investimento elevado e somente com o esforço de associados e amigos não é possível, uma boa solução passará pela inclusão do Pavilhão no Plano de reconversão dos terrenos da Siderurgia, pensamos que existe essa preocupação, pelo menos tendo em conta o que tem sido dito.
Neste pavilhão também se foi fazendo a história da nossa Aldeia foi palco de muitos momentos desportivos e recreativos, quem não se lembrará das festas de natal dos filhos dos operários, dos grandes saraus desportivos, das festas de Carnaval e Ano Novo, de concertos de música, houve um 25 de Abril que devido à chuva que se fazia sentir no concelho levou a que o concerto dos Resistência se realizasse lá, nem imagino quantos milhares estavam lá dentro, é o palco do Seixalmoda, terão sido milhares as iniciativas que por lá se realizaram.
Também conheceu iniciativas partidárias, comícios e assembleias de organização.
Também foi palco de eleições que belo sitio para votar junto da classe trabalhadora e numa empresa que tinha tudo para ser uma bandeira nacional, mas Mário Bochechas, Cavaco e companhia assim não o entenderam.
Foi um local onde os trabalhadores decidiram, prepararam e organizaram grandes jornadas de luta onde se lutou por direitos que hoje são postos em causa e muitos já foram retirados pelos mesmos que tudo fizeram para destruir a Siderurgia, ainda não tinha cobertura e já recebia milhares de operários, decididos a lutar, foi o local onde milhares de trabalhadores foram felizes com a Revolução de Abril, a luta do Maio e com as grandes conquistas que daí advieram, mas que mais tarde alguns dos que diziam estar a seu lado (Partido Socialista) os atraiçoaram e ajudaram a traçar para a Siderurgia o triste destino que esta conheceu e enviaram milhares de operários com capacidade para trabalhar para o desemprego ou para as reformas antecipadas, mas antes de os mandarem para casa, não foram poucas as vezes que mandaram a policia de choque bater nos trabalhadores que sempre defenderam as conquistas de Abril e os direitos dos trabalhadores, embora andassem por lá os amarelos da UGT (mais uma triste herança do Mário Soares) como sempre a tentar boicotar a luta da classe operária.
Muito mais haveria para dizer e contar sobre a história do Pavilhão da Siderurgia Nacional, ficará para outras oportunidades, porque o que interessa é defender o futuro desta infra-estrutura que é importante para o desenvolvimento da nossa Aldeia de Paio Pires que precisa de todos os equipamentos existentes e necessita de mais alguns novos, por isso seria importante a inclusão do Pavilhão e da sua área envolvente no projecto de reconversão dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional.
3 Comments:
E que o pavilhão não deixe de ser pertença de uns para passar a ser pertença de outros.
Se houver justiça quando se verificar essa tal mudança que partilho e apoio, que o pavilhão passe a ser pertença da associação que lhe deu vida (e continua a dar) e não de outros quaiqures (independentemente da sua boa vontade).
Aliás na nossa aldeia temos um exemplo bem vivo de uma colectividade que dado o estado de degradação das suas instalações foi totalmente reconstruido, sem a necessidade de mudar de nome ou de dono ou seja continua a ser pertença dos associados.
O pavilhão em termos legais é da SNEGES, mas para mim já é pertença do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional e independentemente do que se vier a fazer nos terrenos da antiga Siderurgia Nacional o pavilhão deverá continuar a pertencer ao Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, colectividade da qual tenho o orgulho de ser associado.
aldeia pp
As instalções deste Clube já há bastantes anos que deveriam pertencer aos seus associados, não fosse a incompetência das Direcções que por lá passaram após o 25 de Abril, que apenas se serviram do Clube para fins políticos e partidários descorando a situação da pertença das instalações, quiçá se de propósito. Esses Srs.depois de terem corrido com seu verdadeiro dono o Sr. António Chapalimaud, anquilaram a Siderurgia Nacional e o seu Clube. Seja qual fôr o desfecho final esta Associação deverá continuar com o mesmo nome CPSN. Os sócios deverão participar activamente na vida do Clube e estarem atentes ao desenvolvimento desta situação.
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